Osteossíntese do Úmero

O que é a osteossíntese do úmero?

O úmero é o osso longo do braço que se estende desde o ombro até ao cotovelo. Este osso pode sofrer fraturas na sua região superior – no ombro – até à mais inferior – no cotovelo – assim como na região intermediária descrita como diáfise. As fraturas do úmero, quando apresentam determinado grau de desvio ou envolvimento articular, podem beneficiar de tratamento cirúrgico para corrigir o alinhamento e fixar com implantes metálicos, um procedimento designado por osteossíntese.

Cirurgia-Navegada​

Quais as fraturas do úmero que requerem osteossíntese?

As fraturas do úmero proximal definem-se por ocorrerem no terço mais superior, que envolve a articulação do ombro. Apesar de uma grande parte poder ser tratada conservadoramente (sem cirurgia), fraturas desalinhadas ou com múltiplos fragmentos podem beneficiar do tratamento cirúrgico.

Quando a reconstrução é possível, dada a qualidade óssea, a idade e a exigência funcional do doente, a osteossíntese do úmero pode restabelecer a função e evitar as complicações de necrose avascular (destruição da cartilagem por falta de aporte sanguíneo) ou a consolidação dos fragmentos em posições não indicadas.

Nas fraturas do úmero diafisário (terço médio), também a maioria pode ser tratada sem cirurgia. No entanto, fraturas desalinhadas ou instáveis podem necessitar de osteossíntese para melhorar a posição dos fragmentos e a consolidação óssea.

As fraturas do terço inferior envolvem frequentemente a articulação do cotovelo e são maioritariamente tratadas cirurgicamente, dado o risco de instabilidade e compromisso funcional.

Como é feita a osteossíntese do úmero?

Nas fraturas do úmero proximal, existem dois tipos principais de implantes que são utilizados – placas e cavilhas. As placas do úmero proximal são introduzidas através de uma incisão na região do ombro e, após a redução da fratura, a placa é utilizada em conjunto com parafusos para garantir a fixação estável dos fragmentos. As cavilhas são outro tipo de dispositivo, sendo introduzidas através de uma pequena incisão superior e atravessando o canal medular. A sua estabilidade é garantida por parafusos colocados de forma percutânea.

A preferência por cada tipo de implante depende do padrão de fratura e de fatores relacionados com o paciente e a experiência do cirurgião.
Também nas fraturas do terço médio existe a possibilidade de utilizar placas ou cavilhas para estabilizar e promover a consolidação. De novo, o tipo de fratura e certas características do doente ou a preferência do cirurgião irão ser fundamentais na escolha.
Para as fraturas do terço distal, a abordagem mais comum é a fixação com placas e parafusos.

De que são feitos estes materiais?

De uma forma geral, os implantes metálicos utilizados para a osteossíntese do úmero são feitos com ligas metálicas em aço ou titânio, existindo atualmente algumas opções em carbono.

Estes materiais não são incompatíveis com a realização de exames complementares, como a ressonância, nem são identificáveis pelos detectores de metais comumente utilizados em postos de segurança.