Osteossíntese do Cotovelo
O que é a osteossíntese do cotovelo?
A osteossíntese do cotovelo é um termo genérico que se refere à reconstrução cirúrgica das fraturas que atingem os ossos do cotovelo – úmero distal, rádio e cúbito. As fraturas do cotovelo podem ocorrer apenas num ou em vários destes ossos, simultaneamente, em diferentes padrões.
A osteossíntese normalmente requer uma abordagem através da incisão na pele, redução dos fragmentos e reconstrução anatómica com colocação de placas e parafusos para a sua fixação.
Quais as fraturas do cotovelo que requerem osteossíntese?
As fraturas do cotovelo podem ser divididas tendo em consideração o osso atingido. As fraturas do úmero distal, a porção mais superior do cotovelo, requerem frequentemente o tratamento cirúrgico dado o risco de desvio, compromisso da superfície articular e consequente repercussão funcional.
As fraturas do rádio proximal, quando apresentam um desvio importante da superfície articular, podem condicionar rigidez e dor persistente, pelo que a sua correção cirúrgica deve ser ponderada. As fraturas do cúbito proximal são um grupo diverso que, à excepção de fraturas minimamente desviadas, requerem a intervenção cirúrgica para fixação dos fragmentos na sua posição correta.
Qual o melhor timing para cirurgia de osteossíntese do cotovelo?
Após serem estabilizadas provisoriamente com uma tala gessada, a maior parte das fraturas do cotovelo que requerem cirurgia podem ser programadas, com excepção das fraturas com exposição óssea ou com suspeita de lesão de nervos ou vasos nas proximidades. Um período até 10-14 dias poderá ser aceitável de forma a reunir uma equipa experiente e o material específico necessário, com soluções para os vários desafios que estas fraturas podem apresentar.
O que esperar depois de uma cirurgia de osteossíntese do cotovelo?
A maioria das cirurgias de osteossíntese do cotovelo pode ser realizada em regime de pernoita (saída no dia seguinte à intervenção) ou, em casos selecionados e fraturas mais simples, no regime de ambulatório com saída no próprio dia. A duração da cirurgia depende da complexidade da fratura. Um bloqueio anestésico para controlar a dor é comum, podendo também causar alguma estranheza pela dificuldade inicial em sentir e mexer os dedos da mão.
Este efeito desaparece normalmente ao fim de algumas horas.
Uma tala gessada ou ortótese de imobilização do cotovelo podem ser prescritas durante as primeiras 2 a 3 semanas, para minimizar a dor e permitir a cicatrização das estruturas. A mobilização do cotovelo inicia-se o mais precocemente possível – por vezes, no dia seguinte à cirurgia. Quando é necessária a imobilização, a fisioterapia deve começar logo no final desta.
As fraturas em redor do cotovelo são um grupo vasto e com diferentes tempos de recuperação, que variam também com as características do doente. Genericamente, fraturas mais simples poderão ter um tempo de recuperação de cerca de 3 meses, enquanto lesões complexas com atingimento ósseo e ligamentar podem demorar entre 6 e 12 meses.