Rotura do Bicípite Proximal
(porção longa do bicípite braquial)
O que é o bicípite braquial?
O músculo bicípite braquial encontra-se na região anterior do braço e origina-se através de duas porções (curta e longa) que se inserem na omoplata.
O músculo forma o contorno anterior do braço e insere-se no cotovelo através do tendão bicipital.
É responsável pela flexão do cotovelo e supinação do antebraço, essencial para funções do dia a dia como abrir uma porta.
Porque ocorrem as roturas da porção longa do bicípite braquial?
Apesar da porção curta ser a mais importante na ação do músculo bicípite braquial, a porção longa é a mais frequentemente atingida pelo desgaste progressivo e associa-se também a outras alterações dos tendões em redor do ombro, como a coifa dos rotadores.
A rotura da longa porção do bicípite braquial é mais comum entre os 30-40 anos, em praticantes de musculação ou trabalhadores braçais pesados, quando o tendão já apresenta alterações degenerativas que o predispõem à rotura. Algumas substâncias, como os esteróides anabolizantes, podem aumentar o risco de rotura.
A rotura pode ocorrer devido a queda sobre o membro superior ou por uma contração violenta do músculo ao suportar cargas pesadas. É comum uma dor súbita e pode mesmo escutar-se um “pop”, após o qual pode ocorrer um alívio da dor.
A retração do tendão leva ao desenvolvimento de uma deformidade anterior do braço – o sinal de Popeye. Diminuição da força de flexão do cotovelo e supinação do antebraço, ou cãibras na região da frente do braço podem surgir com o tempo.
O que fazer em caso de suspeita de rotura do bicípite proximal?
A avaliação por um especialista em ortopedia deve ser realizada o mais brevemente possível, para que sejam realizados os meios complementares de imagem que estabelecem o diagnóstico definitivo – a ecografia ou a ressonância magnética.
O tratamento ideal depende do tempo de evolução, grau de exigência funcional para o trabalho ou prática de desporto e a satisfação estética.
Enquanto a maioria dos casos pode ser tratada com imobilização temporária e fisioterapia, quando a rotura é aguda (menos de 4 semanas), em doentes que necessitem ou desejem realizar exercícios de força, ou em que a deformidade estética seja muito valorizada, a cirurgia para reinserir o tendão pode melhorar os resultados. Para saber mais informações, clique aqui.