Fratura da Clavícula

O que é a clavícula?

A clavícula é um osso longo e achatado que liga o membro superior ao tronco. Devido à sua localização superficial e às cargas elevadas que suporta, a fratura da clavícula é a segunda mais frequente da região do ombro.

Quando ocorrem as fraturas da clavícula?

As fraturas da clavícula podem ser causadas por diversos mecanismos, variando também com a faixa etária. Em recém-nascidos, podem ocorrer devido ao trauma durante o parto. Nas crianças e adolescentes, as quedas sobre o membro superior em extensão ou diretamente sobre o ombro são o mecanismo mais comum, associadas frequentemente à prática desportiva ou acidentes de maior energia, assim como nos adultos. Em idosos, quedas simples da própria altura podem causar estas fraturas.

Como se manifestam as fraturas da clavícula?

Quando ocorrem fraturas do corpo da clavícula (a sua porção central), a deformidade torna-se evidente devido à localização superficial da clavícula, logo debaixo da pele na região superior do ombro. Se a deformidade for muito significativa, os topos ósseos podem mesmo perfurar a pele até à superfície. A dificuldade de elevação do braço e a dor incapacitante são outros sintomas comuns.

Qual o tratamento para as fraturas da clavícula?

O tratamento das fraturas da clavícula depende da região atingida (terço lateral, intermédio ou medial), da idade e exigência funcional, e do desvio e deformidade apresentas. 

As fraturas mais comuns são as do corpo (terço médio), sendo passíveis de tratamento conservador com imobilização do braço durante 3-4 semanas nas crianças e adolescentes, e em adultos com fraturas pouco desviadas. 
Nas fraturas com maior desvio, a cirurgia para fixação com placa pode permitir um retorno mais precoce e uma melhor função do ombro.

As fraturas do terço lateral são o segundo tipo mais comum e devem ser tratadas cirurgicamente quando comprometem a estabilidade da articulação com a omoplata. Por último, as fraturas do terço medial são as mais raras, ocorrendo sobretudo no final da adolescência devido a uma zona de amadurecimento ósseo mais tardio. 

Ainda que incomuns, estas fraturas necessitam de tratamento cirúrgico quando desviam posteriormente pelo risco de compressão de estruturas como a traqueia e esófago.